O mercado imobiliário do Distrito Federal registrou um crescimento expressivo em janeiro de 2025, com alta de 36,4% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. Comparado a dezembro de 2024, o avanço foi ainda maior: 96,6%. Os dados constam no Boletim de Conjuntura Imobiliária, divulgado hoje pelo Sindicato da Habitação do Distrito Federal (Secovi-DF).
O Valor Geral de Vendas (VGV) no primeiro mês do ano alcançou R$ 2,36 bilhões, superando os R$ 1,73 bilhão de janeiro de 2024. Para o presidente do Secovi-DF, Ovídio Maia, esse resultado reflete a recente redução do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), que entrou em vigor em 1º de janeiro. A alíquota para imóveis usados caiu de 3% para 2%, enquanto para imóveis novos foi reduzida de 3% para 1%.
“Sem dúvida, foi uma decisão acertada. Embora a arrecadação direta do ITBI tenha caído 13%, o volume de vendas cresceu 36% em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, o aumento das transações impulsiona a arrecadação de outros tributos ao longo da cadeia imobiliária, como os impostos pagos por cartórios, imobiliárias e corretores, sem contar a movimentação econômica gerada pelo setor”, afirma Maia.
Inflação em alta no DF
A inflação no Distrito Federal alcançou, em fevereiro, o maior patamar desde março de 2022, segundo o IBGE. O índice subiu 1,38% no mês, superando a média nacional (1,31%) e ficando bem acima dos 0,75% registrados em fevereiro de 2024. No acumulado de 12 meses, o IPCA chega a 5,55%.
O aumento foi generalizado, atingindo todos os nove grupos de produtos e serviços analisados. O maior impacto veio da habitação, com alta de 4,41%, impulsionada pelo reajuste na conta de luz. De acordo com o IBGE, o fim do Bônus de Itaipu, que reduzia tarifas de energia elétrica, fez com que o subitem energia residencial passasse de uma queda de 14,37% em janeiro para um salto de 18,22% em fevereiro.
Outro fator relevante foi o setor educacional, que teve alta de 4,30% devido aos reajustes das mensalidades escolares no início do ano letivo.
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Informações retiradas de Roberto Fonseca ao Correio Braziliense
