O uso de plataformas digitais está transformando a forma como as pessoas compram ou alugam imóveis em São Paulo. No primeiro trimestre de 2025, o setor imobiliário registrou forte alta: a venda de casas e apartamentos usados na capital cresceu 34% em comparação ao mesmo período de 2024. Já o número de locações teve um salto impressionante de 639%, segundo dados do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP).
Esse crescimento está ligado, em parte, às mudanças no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, que ampliaram o acesso ao financiamento. De acordo com o Creci-SP, o mercado tem se mostrado consistente nos últimos anos. No entanto, a elevação recente da taxa Selic acendeu um sinal de alerta. Só em março, as vendas de imóveis na capital caíram 29,7% em relação a fevereiro, e as locações recuaram 24%.
Mesmo com essa oscilação, a competitividade no setor continua alta. Vendedores querem agilidade, enquanto compradores priorizam segurança. Muitos não querem lidar com a burocracia envolvida na transação, mas exigem garantias de que o processo será feito de forma correta e sem riscos.
Segundo José Augusto Viana Neto, diretor-presidente do Creci-SP, a digitalização das negociações tem facilitado a vida de investidores, que usam a internet para conhecer os imóveis a partir de imagens geradas por inteligência artificial. “São esses clientes de maior poder aquisitivo os que mais buscam as plataformas digitais, e a maioria não visita o imóvel antes da compra. Quem procura imóvel para morar continua a ir ao local”, explica.
Entre as empresas que se destacam nesse cenário, está o QuintoAndar, maior imobiliária digital do país. A plataforma permite realizar todo o processo online — da busca pelo imóvel à assinatura do contrato e gestão do aluguel. Segundo Flávia Mussalem, diretora de marketing da empresa, o grande diferencial está no uso de dados para análises precisas sobre preços. “Além disso, ela destaca a checagem de documentos feita pela empresa, que depois entrega aos clientes um diagnóstico gratuito do risco da transação.”
O avanço da tecnologia no setor imobiliário mostra que a digitalização veio para ficar — e quem consegue unir praticidade com segurança sai na frente.
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Informações retiradas Viviane Sousa de Folha de São Paulo