O mercado imobiliário da cidade de São Paulo registrou um forte crescimento nos lançamentos de imóveis residenciais no mês de março, enquanto as vendas se mantiveram praticamente estáveis. Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (6) pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP), os lançamentos somaram 12,4 mil unidades no mês, o que representa um aumento de 49,8% em relação a março de 2024.
No acumulado de 12 meses até março deste ano, os lançamentos cresceram 51%, alcançando 118,1 mil unidades. As vendas, por sua vez, avançaram apenas 0,7% no mês, somando 10,5 mil imóveis. No acumulado do ano, as vendas cresceram 31%, totalizando 108,3 mil unidades.
A velocidade de vendas, que mede o ritmo de comercialização frente ao estoque disponível, atingiu 61,8% em 12 meses — uma melhora em relação aos 57,7% registrados no mesmo período do ano passado.
Segundo o Secovi-SP, a demanda segue aquecida mesmo com os juros altos, em razão do desempenho positivo da economia. “A elevação do emprego e da renda da população tem sustentado a procura por imóveis, apesar do custo elevado do crédito imobiliário”, avaliou a entidade.
O principal motor desse crescimento continua sendo o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). Os lançamentos dentro do programa habitacional dispararam 85% nos últimos 12 meses, alcançando 74,2 mil unidades. Eles já representam 63% do total de lançamentos — participação que era de 51% um ano antes.
No mesmo período, as vendas de imóveis pelo MCMV cresceram 59%, atingindo 63 mil unidades. “O programa ganhou tração com as novas regras implementadas em 2023, como a redução de juros, aumento de subsídios e condições mais acessíveis para a compra da casa própria”, destacou o Secovi-SP.
Os projetos do MCMV também foram favorecidos por iniciativas estaduais, que complementaram os subsídios para a entrada de financiamento.
Já os empreendimentos voltados ao segmento de médio e alto padrão mostraram desempenho mais modesto. Nos últimos 12 meses, os lançamentos subiram 15% (44 mil unidades), enquanto as vendas avançaram apenas 6% (45,3 mil unidades). A alta dos juros nas linhas de crédito do mercado tradicional tem afetado negativamente esse setor. “O aumento das taxas de financiamento tornou os imóveis de maior valor menos acessíveis, o que tem desacelerado o ritmo de negócios”, pontuou a pesquisa.
Por fim, o estoque total de imóveis novos disponíveis na capital paulista aumentou 9% em um ano, chegando a 62,5 mil unidades. De acordo com o Secovi-SP, esse volume seria suficiente para suprir a demanda por até seis meses nas moradias populares e até oito meses no segmento de médio e alto padrão.
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Informações retiradas de InfoMoney