O financiamento imobiliário em 2023 encerrou o ano no Brasil com um total de R$251 bilhões em concessões, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Esse valor representa um aumento de 4% em relação a 2022, tornando 2023 o segundo melhor ano da série histórica, ficando atrás apenas de 2021.
O presidente da Abecip, Sandro Gamba, destacou que o resultado positivo foi impulsionado pelos financiamentos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que atingiram R$98 bilhões, um aumento de 59% e o melhor patamar da história.
Por outro lado, os financiamentos com recursos da poupança caíram 15%, totalizando R$153 bilhões, devido à menor disponibilidade de recursos nas cadernetas e aos juros mais elevados. Mesmo com essa queda, Gamba ressaltou que o crédito SBPE poupança teve o terceiro melhor desempenho da série em 2023.
No ano passado, o Brasil registrou o financiamento de 994 mil unidades habitacionais, sendo que 500 mil foram concedidas por meio de crédito da poupança e o restante através do FGTS. O financiamento pelo FGTS englobou projetos do Minha Casa Minha Vida e a linha pró-cotista, principalmente operada pela Caixa Econômica Federal.
Em relação ao financiamento para aquisição de imóveis com recursos da poupança, houve uma queda de 16%, totalizando R$113,1 bilhões. Já o financiamento via poupança destinado à construção de imóveis apresentou uma redução de 11%, alcançando R$39,9 bilhões.
O presidente da Gamba, em declaração recente, destacou que os indicadores de inadimplência da carteira de crédito imobiliário mantêm-se favoráveis. Segundo ele, os atrasos representavam 1,4% do saldo total em dezembro de 2023, indicando uma melhora de 0,1 ponto percentual em comparação com o final de 2022. Ele enfatizou que a situação da carteira está positiva e bem equacionada, refletindo a saúde do setor.
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Informações retiradas de Info Money
