Curitiba, Goiânia e São Paulo lideram o ranking das cidades mais atrativas para lançamentos imobiliários no Brasil em 2025, cada uma com destaque em uma faixa de renda diferente. Curitiba se sobressaiu na categoria econômica (até R$12 mil), Goiânia na faixa média (de R$12 mil a R$ 24 mil) e São Paulo na alta (acima de R$24 mil).
Os dados fazem parte do Índice de Demanda Imobiliária (IDI Brasil), divulgado na terça-feira (8), durante o painel “Índice de Demanda Imobiliária: locais que mais necessitam de lançamentos imobiliários no Brasil”, realizado no Encontro Internacional da Indústria da Construção (ENIC).
O IDI Brasil, que está em sua terceira edição, analisou 77 cidades brasileiras com potencial para novos empreendimentos residenciais verticais. O estudo é uma iniciativa do Ecossistema Sienge, CV CRM e Grupo Prospecta, com apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
A pesquisa utiliza dados anonimizados e transações reais para identificar as cidades mais atrativas para lançamentos imobiliários, considerando onde há maior demanda por novos projetos. “Desenvolvemos o IDI para fornecer informações precisas sobre onde está a demanda e como o mercado pode atuar de forma mais eficiente”, explica Gabriela Torres, gerente de Inteligência Estratégica do Ecossistema Sienge.
Nesta edição, foi incluído um recorte exclusivo para a cidade de São Paulo. As zonas Sul e Oeste lideraram a demanda: a primeira na faixa econômica e a segunda nos segmentos médio e alto. A análise contemplou as cinco principais zonas da cidade: Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro.
Para Renato Correia, presidente da CBIC, o IDI Brasil é uma ferramenta estratégica essencial. “O levantamento traz mais um índice para que as empresas possam somar à cesta de indicadores para tomada de decisão de seus negócios”, afirmou.
O modelo matemático utilizado considera seis indicadores principais: demanda, dinâmica econômica, oferta de terceiros, demanda direta, atratividade para antigos lançamentos e atratividade para novos lançamentos. Cada um é ponderado por especialistas, garantindo resultados confiáveis.
José Carlos Martins, presidente do Conselho Consultivo da CBIC, reforçou a importância do índice para o amadurecimento do setor. “As empresas passaram a ter mais conhecimento e planejamento, indo além da execução de obras”, disse. O IDI também permite análises detalhadas, facilitando o direcionamento de investimentos para regiões ou cidades específicas.
Fábio Garcez, diretor executivo do CV CRM, destacou o papel estratégico da tecnologia no estudo. “O objetivo não é apenas oferecer tecnologia, mas trazer informações que ajudem na definição de estratégias de lançamento”, comentou.
O painel contou ainda com Cristiano Rabelo, CEO do Grupo Prospecta, que falou sobre os ciclos do mercado. “O índice, construído sob o guarda-chuva de seis indicadores, revela um retrato fiel do setor, mostrando o interesse das pessoas por imóveis, tanto novos quanto usados”, afirmou. Para ele, momentos de incerteza revelam janelas de oportunidade para os empreendedores.
Quer continuar atualizado sobre o mercado imobiliário? Então se inscreva na nossa Newsletter. Todas as terças e sextas, às 7:15, nós enviamos no seu e-mail as principais notícias do mercado Imobiliário. Vejo você lá!
Informações retiradas de CBIC