A Pesquisa do Mercado Imobiliário (PMI), realizada pelo departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP junto às incorporadoras associadas, apurou a venda de 10.553 unidades residenciais novas na cidade de São Paulo em março de 2025. Com esse resultado, o volume de vendas nos últimos 12 meses (de abril de 2024 a março de 2025) totalizou 108,3 mil unidades.
O valor geral de vendas (VGV) alcançou R$4,9 bilhões no mês, e R$55,3 bilhões no acumulado de 12 meses, já deflacionados pelo INCC-DI (Índice Nacional de Custo da Construção), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), referente a março de 2025.
O indicador VSO (vendas sobre oferta), que mede a proporção de imóveis vendidos em relação ao total ofertado, ficou em 14,4% no mês. No acumulado de 12 meses, o VSO atingiu 61,8%.
Lançamentos e oferta em alta
Segundo a pesquisa, foram lançadas 12.403 unidades residenciais na capital paulista em março de 2025. No acumulado de 12 meses, o número chegou a 118,1 mil unidades.
Ao final de março, havia 62,5 mil unidades disponíveis para venda na cidade, incluindo imóveis na planta, em construção e prontos (estoque), lançados entre abril de 2022 e março de 2025. O valor global da oferta (VGO) somou R$43,4 bilhões, também deflacionados pelo INCC-DI.
Destaques do mês
Os imóveis de dois dormitórios lideraram todos os principais indicadores do mercado em março: responderam por 57% dos lançamentos (7.032 unidades), 67% das vendas (7.089 unidades), 61% da oferta (38.305 unidades), 49% do VGV (R$2,42 bilhões), 36% do VGO (R$15,6 bilhões) e apresentaram o maior VSO, de 15,6%.
Também se destacaram os apartamentos com área útil entre 30 m² e 45 m², representando 58% dos lançamentos (7.212 unidades), 64% das vendas (6.741 unidades), 54% da oferta (33.913 unidades), 41% do VGV (R$2,02 bilhões) e VSO de 16,1%. Já os imóveis com metragem acima de 180 m² concentraram o maior VGO do mês: 25% do total (R$10,7 bilhões).
Na análise por faixa de preço, os imóveis com valores de até R$264 mil lideraram em quantidade: 37% dos lançamentos (4.636 unidades), 39% das vendas (4.068 unidades) e 30% da oferta (18.560 unidades), além de apresentarem o maior VSO do mês, com 18%. Por outro lado, os imóveis acima de R$2,1 milhões concentraram o maior VGV (25%, ou R$1,24 bilhão) e o maior VGO (40%, ou R$17,5 bilhões), também considerando os valores deflacionados.
Segmento econômico (MCMV) e demais faixas
Desde julho de 2023, o limite de preço dos imóveis enquadrados no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) em São Paulo passou de R$264 mil para R$350 mil. Com base nesse novo parâmetro, a pesquisa do Secovi-SP apontou que 60% dos lançamentos (7.477 unidades) e 63% das vendas (6.666 unidades) em março foram de imóveis econômicos. A oferta disponível desse segmento somou 33.236 unidades (53% do total), com VSO de 16,7%.
Já os demais imóveis, fora da categoria econômica, somaram 4.926 unidades lançadas, 3.887 vendidas e 29.317 em oferta, com um VSO de 11,7%.
Desempenho por região da cidade
Entre as regiões da capital, a zona sul foi destaque: concentrou 31% dos lançamentos (3.867 unidades), 36% das vendas (3.752 unidades), 32% da oferta final (19.893 unidades), 36% do VGV (R$1,81 bilhão) e o maior VSO (15,9%).
Já a zona oeste liderou no valor global da oferta (VGO), com 37% do total, o equivalente a R$16,1 bilhões.
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Informações retiradas de Secovi-SP