A cidade de São Paulo está prestes a vivenciar um aumento em sua verticalização, com a entrega prevista de 818 novos condomínios neste ano, totalizando 150 mil apartamentos. Esse número representa quase o dobro dos 424 empreendimentos entregues no ano anterior, conforme apontado pelo levantamento realizado pelo Data Lello, braço de dados da administradora de condomínios Lello.
O cenário reflete uma liderança da capital paulista na retomada do mercado nacional de vendas de imóveis, impulsionada pelo segmento de luxo, considerado o mais resiliente, e por uma crescente demanda por habitações destinadas a famílias de baixa renda.
Em 2024, os condomínios de médio padrão serão destaque no mercado imobiliário, representando 36% dos novos lançamentos, de acordo com a empresa Lello. A redução da taxa básica de juros, a Selic, é apontada como um impulso para esse segmento, potencialmente diminuindo os custos de financiamento e estimulando a demanda.
“Nunca se viu um momento como este, [impulsionado por] uma aposta na estabilidade da economia, na queda de juros e na força [do mercado de] São Paulo”, afirmou, em nota, Angelica Arbex, diretora de marketing da Lello Condomínios e coordenadora do estudo.
Em 2024, a grande maioria dos condomínios a serem entregues em São Paulo será destinada à moradia, representando 98% dos empreendimentos, enquanto os 2% restantes serão comerciais. O valor médio do metro quadrado dessas residências é de R$14,5 mil, resultando em um preço médio por unidade de R$1,6 milhão.
Os bairros paulistanos que concentrarão o maior número de condomínios incluem Pinheiros, Perdizes, Butantã e Itaim Bibi na Zona Oeste, Vila Mariana e Vila Clementino na Zona Centro-Sul, e Ipiranga, Vila Nova Conceição e Brooklin na Zona Sul.
Veja abaixo as especificações para os empreendimentos em cada faixa de preço:
Alto padrão
Um levantamento revela que os condomínios de alto padrão representarão significativos 24,8% das novas entregas imobiliárias até o final do ano. Estão previstos 203 empreendimentos, com um preço médio de R$22,5 mil por metro quadrado. Cada prédio terá, em média, 89 apartamentos. O valor médio de cada unidade é estimado em R$4,1 milhões.
Os bairros de Pinheiros, Vila Nova Conceição, Perdizes, Itaim Bibi e Vila Mariana se destacam como os destinos mais populares para esse tipo de empreendimento, evidenciando uma concentração de investimentos imobiliários de luxo nessas regiões.
Médio padrão
Neste ano, os prédios de médio padrão dominarão o mercado imobiliário, representando 36% das entregas na cidade, totalizando 295 empreendimentos. O valor médio do metro quadrado atinge R$15,2 mil, com uma média de 183 unidades por condomínio. Destaca-se que o valor médio de cada apartamento é de R$710 mil.
Os bairros de Vila Mariana, Perdizes, Pinheiros, Vila Clementino e Moema são os principais destinos para esses empreendimentos, consolidando-se como áreas de alta demanda nessa faixa de preço.
Médio-baixo padrão
O estudo revelou que os condomínios de médio-baixo padrão terão significativa presença no mercado imobiliário de São Paulo, representando 24,2% das novas entregas, totalizando 198 novas edificações. O valor médio por metro quadrado desses empreendimentos será de R$9,05 mil, com uma média de 256 apartamentos por condomínio. Cada unidade terá um preço médio de R$382 mil.
Os bairros mais favorecidos por essas construções incluem Butantã, Barra Funda, Belenzinho, Cambuci e Ipiranga.
Econômico
No cenário econômico atual, prevê-se o surgimento de 94 novos empreendimentos, representando 11,5% do total projetado para o ano. O setor em foco é o imobiliário, com um valor médio do metro quadrado estimado em R$6,5 mil e uma média de 280 unidades por condomínio. O preço médio de cada apartamento é de R$231 mil.
Destaca-se a relevância dos bairros Parque Novo Mundo, Guaianases, Itaquera, Paraisópolis e Pirituba, que assumem um papel central no desenvolvimento desses condomínios destinados a essa faixa de renda.
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Informações retiradas de Beatriz Quesada à Exame
