O mercado imobiliário de alto padrão no Brasil vive um momento de forte expansão. Em 2024, o segmento movimentou R$ 38 bilhões em valor geral de vendas (VGV), registrando alta de 46,1% em relação ao ano anterior, de acordo com a Brain Inteligência Estratégica. O crescimento reflete uma demanda cada vez mais exigente: imóveis de R$ 2 milhões ou mais que aliam localização privilegiada, conforto, inovação e, principalmente, compromisso ambiental.
A sustentabilidade, antes vista como um diferencial, agora é tratada como uma exigência básica nos empreendimentos de luxo. Soluções como reaproveitamento da água da chuva, tratamento de água com ozônio, isolamento acústico com materiais reciclados, fachadas duráveis e infraestrutura para automação já fazem parte do padrão em muitas construções desse mercado.
Em Itapema (SC), cidade com o segundo metro quadrado mais valorizado do país, construtoras locais também têm se adaptado a essa nova realidade. Um exemplo é a Gessele Empreendimentos, que obteve recentemente as certificações ISO 9001, voltada à gestão da qualidade, e ISO 14001, focada em práticas sustentáveis no setor da construção civil.
Segundo Paula Gessele, vice-presidente da empresa, a conquista reflete uma mudança mais ampla no setor. “Trabalhamos para construir não apenas imóveis de luxo, mas também legados. A certificação é um selo de que estamos fazendo isso com excelência técnica, ambiental e ética”, afirma.
Com o selo de sustentabilidade ganhando peso na hora da decisão de compra, empresas do setor têm investido em soluções próprias que integrem inovação e responsabilidade socioambiental. O uso de materiais recicláveis, tecnologias limpas e sistemas de reaproveitamento hídrico e energético são algumas das frentes em destaque.
Para João Conhaqui, presidente da Gessele, o mercado passa por uma transformação que exige das empresas mais do que projetos grandiosos. “A construção civil vive uma transformação global. As grandes marcas do setor estão sendo desafiadas a repensar seus processos, incorporando inovação, sustentabilidade e responsabilidade social como pilares fundamentais”, aponta.
A tendência é que o consumidor de alto padrão continue buscando imóveis que combinem sofisticação com consciência ambiental — um movimento que deve pautar o futuro da construção civil no Brasil.
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Informações retiradas de Pedro Gil a Exame e Portal da Economia