O mercado de lajes corporativas em São Paulo tem demonstrado sinais consistentes de recuperação. A taxa de vacância na capital paulista recuou para 19,51% no primeiro trimestre de 2025, ficando abaixo dos 20% pela primeira vez desde o início da pandemia.
Segundo novo relatório do Itaú BBA, os fundos imobiliários (FIIs) focados no mercado de escritórios seguem negociados com desconto, apresentando boas oportunidades para quem busca ganhos de capital. No entanto, o cenário ainda exige cautela. “O curto prazo pode não ser tão animador para fundos sem ativos bem localizados e de qualidade superior”, apontam os analistas do banco.
Entre os destaques da cidade, Pinheiros tem ganhado protagonismo. Regiões tradicionalmente valorizadas, como Itaim Bibi, Faria Lima e JK, continuam atrativas — a vacância caiu de 9,6% para 9,2% no primeiro trimestre. Porém, a migração para áreas com custos mais acessíveis, como Pinheiros, revela uma nova dinâmica.
Um dos principais marcos dessa movimentação é a pré-locação da Amazon no Edifício Biosquare. O imóvel, localizado em Pinheiros, já vinha apresentando melhora na taxa de ocupação e agora se consolida como uma das regiões mais procuradas por empresas. “Pinheiros registra vacância inferior a 10% e absorção líquida positiva”, destaca o relatório, ressaltando o apelo da região para investidores e locatários que antes priorizavam áreas mais tradicionais.
O movimento de escoamento para Pinheiros é favorecido pela combinação de infraestrutura adequada, localização estratégica e preços mais competitivos. Já o valor médio do aluguel nas principais regiões da cidade permanece estável, em R$ 234,78 por metro quadrado no primeiro semestre de 2025.
Apesar do cenário mais favorável, o histórico recente dos FIIs ainda pesa. O segundo semestre de 2024 foi desafiador para o setor, com os fundos de lajes corporativas encerrando o ano com queda de 12%. Para os analistas do Itaú BBA, “a recuperação está em curso, mas os níveis elevados de alavancagem e a carência de imóveis premium nos portfólios ainda representam entraves”.
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Informações retiradas de Letícia Furlan a Exame
