O mercado de aluguéis residenciais no Brasil apresentou sinais de desaceleração em maio de 2025, após meses consecutivos de forte alta. De acordo com dados divulgados pelo Índice FipeZAP de Locação Residencial, os preços dos aluguéis subiram, em média, 0,59% no mês, abaixo dos patamares observados nos meses anteriores.
Apesar da leve desaceleração, o balanço dos últimos 12 meses mostra que os aluguéis continuam acumulando uma valorização expressiva de 12,03%, crescimento bem acima da inflação oficial medida pelo IPCA/IBGE (+5,32%) e também do IGP-M/FGV (+7,02%), tradicionalmente utilizado em contratos de aluguel.
Maiores altas e quedas no país
No acumulado de 2025, entre janeiro e maio, os preços dos aluguéis subiram 5,13%, superando tanto a inflação do período (+2,75%) quanto o IGP-M (+0,74%). A maior valorização foi registrada em Campo Grande (+12,22%), seguida de Aracaju (+9,61%). Por outro lado, Brasília foi a única capital a apresentar queda no período, com recuo de -1,99%.
No recorte de 12 meses, os destaques de alta foram Salvador, com aumento expressivo de +25,57%, e Porto Alegre, que registrou +22,67%.
Aluguéis por tipologia de imóveis
Os imóveis de um dormitório seguem liderando as altas, com valorização de +0,85% no mês e acumulando +13,25% em 12 meses, refletindo a forte demanda por unidades menores, especialmente nas grandes cidades. Em contrapartida, imóveis com quatro ou mais dormitórios tiveram uma leve retração de -0,01% em maio.
O preço médio de locação no Brasil, em maio de 2025, foi de R$ 48,96 por metro quadrado. As unidades de um dormitório foram as mais caras, com média de R$ 66,14/m², enquanto os imóveis com três dormitórios ficaram com o menor valor, R$ 41,70/m².
Entre as capitais, São Paulo mantém a liderança com o preço médio mais elevado do país, chegando a R$ 60,96/m².
Rentabilidade dos aluguéis
A rentabilidade média bruta do aluguel residencial no Brasil foi de 5,93% ao ano, resultado ligeiramente inferior às principais aplicações financeiras. No entanto, algumas cidades e tipos de imóveis apresentam desempenho superior.
Imóveis de um dormitório oferecem a maior rentabilidade média, de 6,73% ao ano, enquanto unidades maiores (com quatro ou mais dormitórios) apresentam uma rentabilidade mais baixa, de 4,87% ao ano.
O maior destaque entre as capitais é Manaus, que alcançou uma rentabilidade média de 8,41% ao ano, tornando-se uma das praças mais atrativas para investidores no mercado de locação residencial.
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