O governo federal está finalizando uma nova estratégia para ampliar o crédito imobiliário destinado à classe média. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a proposta busca oferecer condições mais acessíveis de financiamento, com juros mais baixos e garantia de longo prazo para o setor.
“O que está faltando acontecer é o crédito imobiliário para a classe média, que ainda é pequeno na comparação internacional – na casa de 10% do PIB. Tem país, como o Chile, que é 30%. Temos uma avenida para percorrer e estamos nesse movimento”, afirmou Haddad em entrevista à TV Record. Ele destacou ainda que a iniciativa está em fase final de ajustes: “Estamos dando os últimos retoques”.
A medida está sendo desenvolvida em parceria com o Banco Central, o Ministério das Cidades e a Caixa Econômica Federal. De acordo com o ministro, o objetivo é criar instrumentos de garantia que permitam reduzir os juros e impulsionar o setor, considerado estratégico para a economia do país.
Na manhã da última terça-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com Haddad, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o presidente da Caixa, Carlos Vieira, e o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. O encontro teve como pauta principal a busca por alternativas estruturais de funding para o financiamento imobiliário.
Com a queda na disponibilidade de recursos da caderneta de poupança – principal fonte de financiamento habitacional – e o aumento da demanda por crédito imobiliário, o governo quer garantir a sustentabilidade do modelo no longo prazo. A avaliação é que, embora haja recursos assegurados para 2025, é necessário antecipar soluções para os próximos anos.
Entre as propostas em estudo está a reformulação da linha de crédito atrelada ao IPCA, lançada em 2019. A modalidade enfrentou dificuldades nos anos seguintes por conta da alta da inflação, que elevou consideravelmente as parcelas dos mutuários e levou a casos de inadimplência. Agora, a ideia é criar um novo mecanismo: “permitir que os aumentos no IPCA sejam incorporados ao saldo devedor, evitando um impacto direto nas parcelas mensais”.
A iniciativa pode representar um novo fôlego para o mercado imobiliário, especialmente para a classe média, que ainda enfrenta barreiras no acesso ao crédito habitacional.
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Informações retiradas de InfoMoney