Setor movimenta R$ 186,55 bilhões até maio e atrai 11,73 milhões de participantes em 2025
Com a taxa básica de juros em dois dígitos, os brasileiros estão buscando alternativas ao crédito tradicional. Uma delas é o consórcio, que vem registrando crescimento expressivo em 2025. De acordo com a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), o setor alcançou em maio o maior número de cotas comercializadas dos últimos dez anos: 464,82 mil.
Os dados refletem o desempenho positivo em diversas frentes. Os segmentos que puxaram as vendas foram veículos leves, motocicletas, imóveis, veículos pesados, serviços, eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis. De janeiro a maio, o volume de negócios somou R$ 186,55 bilhões — crescimento de 32,6% em relação ao mesmo período de 2024, quando o setor movimentou R$ 140,71 bilhões.
O tíquete médio também subiu. Em maio de 2024, o valor médio das cotas era de R$ 83,74. Já em maio de 2025, saltou para R$ 97,60, alta de 16,6%.
Número de participantes cresce quase 11% Com o bom desempenho do setor, a base de consorciados também aumentou. Até maio, 11,73 milhões de brasileiros participavam de algum grupo de consórcio — crescimento de 10,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
Imóveis em destaque entre os consorciados O consórcio nasceu nos anos 1960 como uma solução para a aquisição de veículos, mas hoje se diversificou. Somente nos cinco primeiros meses de 2025, foram vendidas mais de dois milhões de cotas:
- 814,47 mil para veículos leves
- 591,69 mil em motocicletas
- 491,50 mil em imóveis
- 83,47 mil em veículos pesados
- 65,66 mil em eletroeletrônicos e bens duráveis
- 24,24 mil em serviços
Em comparação com o mesmo período de 2024, destacam-se os seguintes crescimentos:
- Eletroeletrônicos e bens móveis duráveis: +115,2%
- Imóveis: +44,7%
- Serviços: +21,9%
- Veículos leves: +15,1%
- Motocicletas: +9,4%
- Único setor com retração: veículos pesados (-12,9%)
Planejamento financeiro impulsiona adesão aos consórcios Para Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Abac, os números demonstram uma mudança de mentalidade entre os consumidores. “Nos cinco meses deste ano, os indicadores do Sistema de Consórcios demonstraram o quanto o consumidor acredita que planejar as finanças pessoais devem considerar o consórcio como melhor alternativa para aquisição de bens ou contratação de serviços.”
Segundo Rossi, o avanço da educação financeira no país tem contribuído para esse movimento. “A exemplo de meses anteriores, os recordes conquistados refletem a busca crescente da modalidade, especialmente quando, dentro do orçamento, considera uma parcela para investimento, pensando no futuro pessoal, familiar ou profissional.”
Informações retiradas de Exame.
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