O mercado imobiliário sempre foi um verdadeiro termômetro das mudanças sociais, mas nunca um movimento no setor foi tão abrupto. Por isso, o corretor precisa estar preparado para atender à transformação da demanda ocasionada pelo isolamento social.
A pandemia do coronavírus acelerou diversas tendências ao mesmo tempo em que criou novos hábitos de consumo. Um dos mais fortes é a procura por imóveis mais amplos.
Mas você, corretor, está preparado para esta nova demanda? Conhece sua carteira de clientes de perto o suficiente para saber como atender a esse novo normal?
Isolamento social desperta desejo por imóveis maiores
Ainda que regras de flexibilização estejam sendo adotadas em algumas regiões do país, os especialistas consideram o caráter permanente de muitas das mudanças.
Segundo eles, as tendências tiveram uma aceleração média de 10 anos. Isso significa que aquele corretor acomodado, lento para acompanhar as transformações, vai ter que despertar rápido para esse novo mundo se quiser manter a competitividade do seu negócio.
Os corretores precisam entender para saber trabalhar um dos efeitos do isolamento social no mercado imobiliário. A busca por imóveis maiores reflete o desejo de ter mais qualidade de vida em casa, lugar que ganha protagonismo na rotina das pessoas.
Mudança reflete o novo normal
Passado um primeiro momento de surpresa pela pandemia, logo o mercado teve que reconhecer as mudanças e se adaptar. O isolamento social consolidou o home office, que se torna permanente em um número cada vez maior de empresas.
Ao mesmo tempo, o medo do ambiente fechado das academias e o aumento do ensino à distância, mesmo nas regiões em que já existe um processo de flexibilização do isolamento social, levam para dentro de casa novas atividades.
Em um mercado em que os microapartamentos despontavam como tendência absoluta e um número crescente de construtoras apontavam em lançamentos com unidades cada vez menores – e mais serviços nas áreas comuns – a procura por imóveis mais amplos é uma reviravolta inesperada.
Atenção aos novos critérios de pesquisa
Com isso, a busca inclui novos critérios de pesquisa. Se antes da pandemia a localização era fundamental, hoje esse é um conceito secundário.
O isolamento social pede mais espaço, ambientes maiores que possam ser mais facilmente compartilhados e que possam ter características multifuncionais.
Pesquisa exclusivo do Estadão com a imobiliária Quinto Andar demonstra bem a busca no novo normal.
De março a junho de 2020 a busca por quitinetes ou estúdios e apartamentos caiu 6% e 10% respectivamente, contra um aumento de 8% para casas de rua e 10% para casas em condomínio. As famílias procuram mais ar livre sem precisar sair de casa.
No entanto, esse aumento por casas também se apresenta constante em várias outras imobiliárias, chegando a índices de 41,6% na Lello Imóveis e 40% na Lopes Imóveis entre maio e junho.
Lazer em casa ganha prioridade
Além do espaço para escritório, a busca reflete uma maior preocupação com o lazer em casa. A participação de imóveis com mais de 120 m² com jardim e piscina também é crescente, inclusive para locação.
Já entre os apartamentos, o terraço gourmet chega a ocupar 25% das buscas em algumas plataformas, preferencialmente por casais novos que esperam ter filhos ou que já têm crianças pequenas.
Imóveis com apenas um quarto tiveram 10% de queda, enquanto o volume de procura pelos de dois, três e até quatro quartos aumentou cerca de 30%.
Bairros nobres deixam de ser preferenciais
A pesquisa do estadão com a Quinto Andar mostra ainda que a localização também está mudando o foco da busca. A adesão ao home office oferece mais flexibilidade de moradia.
Se antes a proximidade com o centro e os meios de transportes era fundamental, tudo o que muitos profissionais precisam agora é uma boa conexão com a internet e um computador confiável.
Com isso, se o consumidor tem mais liberdade de escolha, o corretor também se vê obrigado a descentralizar sua demanda.
Como já não precisa morar perto do trabalho, a busca se concentra em imóveis maiores – e os mais afastados acabam sendo mais sossegados e baratos.
Dessa forma, há uma fuga dos locais tradicionalmente muito habitados e mais qualidade de vida, com mais espaço por um preço mais acessível. Ambos os fatores fundamentais para a qualidade de vida no isolamento social.
Assim, a pesquisa mostrou um aumento considerável na busca por bairros mais afastados da região central de São Paulo, como Tatuapé (15%), Santana (11%) e Ipiranga (9%).
Com isso, caiu também o percentual do valor médio do aluguel em bairros como Santo Amaro (-29%), Itaim Bibi (-23%), Ipiranga (-22%), Moema (-17%) e Pinheiros (-12%).
Tecnologia colabora para a adaptação do corretor
Para o corretor se adaptar, a interpretação dos dados é fundamental. É preciso conhecer sua carteira de clientes, redirecionar o trabalho com os imóveis disponíveis e reavaliar preços e condições de contratos com os proprietários.
Nesse contexto, portanto, ter informações seguras e atualizadas sobre seus negócios é fundamental. Uma análise segura do funil de vendas oferece mais controle sobre a jornada e pode melhorar a experiência do cliente.
A tecnologia é a melhor aliada para o corretor criar diferenciais de atendimento, reduzindo o tempo de negociação e ganhando mais sustentabilidade no novo normal do mercado imobiliário.
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