A demolição de um prédio de 13 andares para dar lugar a outro de 18 em Balneário Camboriú (SC) acendeu um alerta: a cidade, conhecida por seus arranha-céus à beira-mar, pode estar atingindo seu limite urbanístico. Diante desse cenário, cidades vizinhas como Penha e Balneário Piçarras surgem como alternativas mais equilibradas — e com margem para crescimento sustentável.
Entre os destaques desse novo movimento está Piçarras, que tem atraído olhares por seu plano diretor mais criterioso. A legislação municipal difere da adotada por Camboriú em pontos-chave, especialmente no que diz respeito à sustentabilidade e ao uso do solo.
“Se compararmos a legislação dos dois municípios, Piçarras adota um enfoque mais regulado e voltado à sustentabilidade em sua legislação urbanística, com instrumentos que equilibram o desenvolvimento com a preservação ambiental e exigem licenciamento prévio e fiscalização rigorosa de loteamentos e construções”, afirma Fernando Calvetti, professor de Urbanismo da Universidade do Estado de Santa Catarina.
O plano diretor de Piçarras, por exemplo, destaca a importância de estruturar a orla com equipamentos públicos e acessos adequados à praia, incentivando empreendimentos que mantenham o uso coletivo e turístico das áreas costeiras. Enquanto isso, Camboriú enfrenta críticas pelo sombreamento excessivo nas praias, causado pelos edifícios altos erguidos à beira-mar.
Dados do Índice de Demanda Imobiliária 2025 (IDI Brasil) apontam Piçarras como o principal polo de imóveis de alto padrão no litoral norte de Santa Catarina. Em 2024, 940 unidades foram lançadas — número expressivo para uma cidade com menos de 30 mil habitantes, segundo levantamento da Brain Inteligência Estratégica.
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Informações retidas de Letícia Furlan a Exame