No mês de outubro, o preço médio do aluguel residencial em Belo Horizonte registrou um avanço significativo de 0,86% em relação a setembro, atingindo o valor de R$ 35,67/m², de acordo com o Índice FipeZAP. Este aumento posicionou a capital mineira como a sexta cidade com maior elevação nos preços, ficando atrás de Goiânia, Fortaleza, Recife, Porto Alegre e Curitiba.
Comparando as médias de aluguel entre as capitais, Belo Horizonte ocupa a quinta posição, com um valor de R$ 35,67/m², ficando atrás de São Paulo, Florianópolis, Recife, Rio de Janeiro e Brasília. No acumulado do ano, o preço médio do aluguel em BH apresentou um expressivo aumento de 13,63%, enquanto a variação em 12 meses foi ainda mais significativa, atingindo 15,55%. Esses números indicam um crescimento dos valores acima da inflação medida pelo IPCA, revelando uma elevação real nos preços dos aluguéis residenciais na capital mineira.
O economista Pedro Tenório, do DataZAP, destaca que a atual situação do mercado de trabalho é um dos impulsionadores para o aumento nos valores de locação de imóveis. Ele enfatiza o desempenho surpreendente do mercado de trabalho, com taxas de desemprego abaixo de dois dígitos pela primeira vez desde 2015, juntamente com aumentos salariais. Tenório aponta que esses fatores estão permitindo aos proprietários repassar os aumentos nos custos de aluguel para os inquilinos.
Bairros
O bairro Lourdes se destaca no Índice FipeZAP com o preço médio mais alto para aluguel residencial, atingindo R$ 49,6/m², seguido por Savassi (R$ 48,5/m²), Belvedere (R$ 48,3/m²), Funcionários (R$ 46/m²) e Santo Agostinho (R$ 45,9/m²). Lourdes também liderou o aumento nos últimos 12 meses, com um significativo crescimento de 24,9%, impulsionando-o à frente dos demais bairros. Outros destaques incluem Gutierrez (24,3%), Santo Agostinho (20,2%), Serra (18,8%) e Santo Antônio (17,8%) com aumentos expressivos nos valores de aluguel.
Normalização e tendência
O economista Pedro Tenório destaca que a recomposição dos preços de locação residencial após a pandemia está em andamento, mas em um ritmo mais moderado. Isso ocorre devido à entrada no mercado de imóveis após o término dos contratos de aluguel, que geralmente têm uma duração média de dois anos. No entanto, Tenório prevê que os preços do aluguel não terão um crescimento expressivo em 2024.
Ele aponta que o mercado de trabalho não deve apresentar uma melhora significativa, e o impacto da pandemia, juntamente com as taxas de inflação mais altas, está gradualmente ficando para trás. Importante ressaltar que a situação não implica uma redução nos preços de locação, mas sim um aumento mais moderado.
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Informações retiradas de Marco Aurélio Neves à Diário do Comércio