A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa básica de juros (Selic) para 15% ao ano, anunciada nesta quarta-feira (18), gerou forte reação da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC). A entidade vê com preocupação a medida, que leva os juros ao maior patamar desde julho de 2006.
Em nota, a ABRAINC destacou que o aumento dos juros amplia os desafios enfrentados pela economia brasileira, especialmente no setor imobiliário. Segundo a entidade, o Brasil já possui a segunda maior taxa de juros real do mundo, o que restringe o acesso ao crédito, encarece o financiamento e dificulta novos investimentos.
“É fundamental o comprometimento com uma estratégia de longo prazo para a redução sustentável da taxa Selic”, afirma a associação.
A elevação da Selic impacta diretamente a atividade empresarial, ao elevar o custo do capital e o endividamento das companhias. A ABRAINC ressalta que apenas no primeiro trimestre de 2025, mais de 4.800 empresas entraram com pedidos de recuperação judicial — um reflexo do cenário de juros altos, que inibe o crescimento econômico e afeta a geração de empregos.
Embora reconheça a necessidade de conter a inflação, a entidade reforça que é preciso construir um ambiente de estabilidade econômica que permita a manutenção de juros em níveis mais baixos. Segundo a ABRAINC, isso é essencial para estimular investimentos, fortalecer o mercado imobiliário e ampliar o acesso da população à moradia.
“Juros elevados comprometem o consumo, aumentam o custo da dívida para empresas e famílias, e dificultam a realização do sonho da casa própria”, conclui a nota.
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