Nos últimos 12 meses, quase 1 milhão de metros quadrados foram devolvidos em escritórios corporativos no Brasil, segundo levantamento da SiiLA. Apesar disso, o mercado segue aquecido, com saldo positivo de ocupações.
Ao todo, foram 935 mil metros quadrados desocupados no período. Deste total, 11% permanecem completamente vagos desde que foram deixados. O dado que mais chama a atenção, porém, não está nos imóveis, mas nas empresas que protagonizaram essas devoluções.

Cerca de 79% das companhias que saíram de escritórios não voltaram a alugar novos espaços até agora. Um exemplo é a WeWork, que desocupou 36 mil metros quadrados e, até o momento, não realizou nenhuma nova locação. Por outro lado, o grupo Casas Bahia seguiu caminho oposto: deixou 7 mil metros quadrados no Eldorado Business Tower, mas compensou com a locação de 16 mil metros quadrados no Centenário — um espaço que antes era ocupado justamente pela WeWork.
Entre as dez maiores devoluções registradas no período, apenas quatro empresas voltaram a ocupar escritórios, incluindo a própria Casas Bahia. Em alguns casos, as novas locações foram até maiores do que os espaços anteriores.
Outras empresas optaram por reduzir seus escritórios sem sair completamente. É o caso da Amil, que diminuiu sua operação nas EZ Towers, em São Paulo, e no Vista Guanabara, no Rio de Janeiro. Já a Meta devolveu parte da área que ocupava no edifício Birmann 32. A WeWork também reduziu sua presença, deixando espaços vagos em sete empreendimentos diferentes.
Mesmo com devoluções, mercado mantém desempenho positivo
Apesar do volume expressivo de devoluções, o setor de escritórios mostra sinais de resiliência. A absorção líquida dos últimos 12 meses foi positiva, somando 527 mil metros quadrados. Já a absorção bruta, que contabiliza todas as novas ocupações, alcançou 1,4 milhão de metros quadrados, mostrando um mercado ainda bastante ativo.
Entre os maiores contratos do período estão a WPP, que alugou 39 mil metros quadrados no edifício Arquipeo, em São Paulo, no quarto trimestre de 2024; o Banco Master, que somou 23 mil metros quadrados distribuídos em três prédios; e a XP Investimentos, com 17 mil metros quadrados em quatro ativos diferentes.
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Informações retiradas de Clube FII