Aos poucos, o Brasil começa a ver surgir um modelo de moradia voltado a um público que cresce a cada ano: o de idosos independentes. Com lançamento oficial previsto para o fim de junho, o Loma Pedra Branca será um dos primeiros empreendimentos no formato senior living no país. O condomínio ficará no Passeio Pedra Branca, na região metropolitana de Florianópolis (SC), e terá foco exclusivo em moradores da terceira idade.
O projeto inclui apartamentos adaptados para acessibilidade, serviços de hotelaria, estrutura de lazer semelhante à de um clube e atendimento médico emergencial. O empreendimento é assinado pela Dom Senior Living, empresa voltada ao público da chamada “economia prateada”.
Segundo dados da FGV, os idosos representam 17% dos 5% mais ricos do país. E, de acordo com o SPC, 66% desse grupo afirma que a prioridade é aproveitar a vida. Uma parcela expressiva — 41% — declara gastar mais com experiências como viagens e jantares do que com despesas básicas.
Esse comportamento impulsiona um mercado que já movimenta cerca de R$ 2 trilhões por ano no Brasil. Nos Estados Unidos, onde o conceito está consolidado, há cerca de 1,5 milhão de casas planejadas para aposentados apenas na Flórida.
Os condomínios do tipo senior living não são casas de repouso. São pensados para idosos que vivem sozinhos ou em casal, e que buscam segurança, conforto e praticidade em um espaço adequado às suas necessidades. No caso do Loma, haverá pacotes de serviços que variam desde limpeza e arrumação até cuidados de saúde, como fisioterapia e atendimento domiciliar.
Outros projetos semelhantes estão sendo desenvolvidos em São Paulo. O empresário Alexandre Frankel, conhecido por iniciativas como Vitacon e Housi, está à frente de um condomínio em Higienópolis com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 400 milhões. A previsão é que o empreendimento tenha 300 unidades, com tamanhos entre 30 m² e 60 m². Novos lançamentos já estão previstos para os bairros dos Jardins e Perdizes.
Com infraestrutura completa, os novos empreendimentos incluem também espaços para telemedicina, salas de fisioterapia, academias, salas de ioga, salão de jogos e áreas de relaxamento. A tendência, embora ainda incipiente no Brasil, deve ganhar força com o envelhecimento da população e a mudança no perfil de consumo dos brasileiros acima dos 60 anos.
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Informações retiradas de O Antagonista