A pesquisa Raio-X FipeZAP de 2025 mostra que, mesmo com os juros altos e os preços elevados dos imóveis, comprar para alugar tem se mostrado uma escolha mais vantajosa do que investir na revenda. Segundo o levantamento, 67% dos investidores preferem alugar seus imóveis, estratégia que tem ganhado força nos últimos meses.
O interesse por gerar renda com aluguéis cresceu de forma expressiva, representando 80% das transações desse tipo em fevereiro deste ano. Em março, o número caiu levemente para 75%, mas ainda assim indica uma forte preferência do mercado.
Esse movimento pode ser explicado pela valorização contínua dos aluguéis, que têm se recuperado bem das crises econômicas recentes. Em contrapartida, os preços de venda desaceleraram, tornando a revenda uma alternativa menos atrativa. O aluguel surge, então, como uma forma mais rápida e segura de obter retorno financeiro.
O que mais diz a pesquisa
A percepção sobre os preços continua elevada: 73% dos entrevistados consideram os imóveis “altos ou muito altos”. Esse cenário influencia diretamente na decisão de muitos investidores, que optam por manter o imóvel alugado em vez de revendê-lo.
A expectativa de valorização do mercado imobiliário também segue em alta, com projeção de aumento nominal de 3,2% nos preços nos próximos 12 meses. Entre os compradores mais recentes, essa expectativa é ainda maior, chegando a 5,2%.
Apesar disso, há cautela no ar. Apenas 35% dos entrevistados disseram ter intenção de comprar um imóvel nos próximos três meses — número abaixo da média histórica de 38%.
O perfil dos participantes também revela mudanças no mercado: 88% dos entrevistados têm 41 anos ou mais, o que indica um aumento na idade média dos compradores. Além disso, a maioria (54%) possui renda familiar de até R$ 10 mil, reforçando a presença de consumidores de classe média no setor.
Outro ponto importante é a queda na participação de investidores entre os compradores. No primeiro trimestre de 2025, eles representaram apenas 31% das transações — o menor índice já registrado pela pesquisa. Isso mostra um mercado mais cauteloso e menos atrativo para quem busca retorno apenas com a valorização futura.
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Informações retiradas de Yasmin Henrique ao Tribuna de Minas
