O preço de venda dos imóveis residenciais no Brasil segue em alta e, no acumulado de 12 meses até abril, superou a inflação oficial ao consumidor. Segundo o Índice FipeZAP, a valorização média foi de 7,97%, enquanto o IPCA de março registrou 5,48% e o IPCA-15 de abril, considerado a prévia da inflação, marcou 5,53% no mesmo período.
A elevação nos preços foi identificada nas 56 cidades acompanhadas pelo índice, incluindo 22 capitais brasileiras, sem exceção. Salvador lidera o ranking com uma impressionante alta de 20,63%, seguida por João Pessoa (+18,25%) e Vitória (+17,09%). Cidades como Curitiba (+14,43%), Belo Horizonte (+13,95%) e Aracaju (+13,70%) também apresentaram aumentos significativos.
Entre os tipos de imóveis, as unidades com um dormitório registraram a maior valorização (+9,21%), contrastando com a menor variação observada nos imóveis com quatro ou mais dormitórios, que subiram 6,19%.
Segundo o levantamento, o “preço médio do metro quadrado em abril foi de R$9.233”, valor calculado com base na amostra de anúncios disponíveis. Entre as capitais, Vitória (ES) apresentou o valor mais elevado da amostra, com R$13.086/m², seguida por Florianópolis (SC), com R$ 12.246/m², e São Paulo (SP), com R$11.529/m².
Na outra ponta, os valores mais baixos foram registrados em Aracaju (SE), com R$ 5.170/m², Teresina (PI), com R$5.633/m², e Natal (RN), com R$5.808/m².
A valorização dos imóveis acima da inflação oficial sugere um aquecimento no mercado, puxado por fatores regionais, escassez de oferta em determinadas localidades e um perfil de demanda ainda aquecido. Especialistas apontam que, embora o cenário macroeconômico siga com juros elevados, a estabilidade relativa da economia tem sustentado o interesse por investimentos no setor imobiliário.
“O comportamento dos preços sugere uma resiliência do mercado de imóveis residenciais, especialmente em capitais do Nordeste e Sudeste, que lideraram os maiores aumentos percentuais”, destacou um dos analistas da FipeZAP.
A tendência, segundo o índice, deve continuar sendo monitorada nos próximos meses, já que o desempenho do setor pode impactar diretamente decisões de compra, venda e financiamento em todo o país.
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Informações retiradas de Maria Luiza Dourado ao MoneyTimes