Nos últimos anos, a crescente adoção de práticas relacionadas ao ESG (Environmental, Social, and Governance) tem transformado o mercado imobiliário, destacando a importância da responsabilidade social, sustentabilidade ambiental e governança eficiente nas operações do setor. Instituições como o Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi) e Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) desempenham um papel fundamental na promoção dessas práticas.
Essas entidades são responsáveis por garantir que as transações no mercado imobiliário sejam realizadas de forma ética e transparente, fiscalizando a atuação de profissionais e empresas. A presença de indivíduos sem qualificação ou registro pode comprometer a confiança no mercado, impactando negativamente tanto consumidores quanto o setor como um todo. Assim, a fiscalização eficiente e a aplicação de sanções são medidas essenciais para a manutenção da integridade das operações.
A irregularidade no exercício de profissões regulamentadas, como corretores de imóveis, arquitetos e engenheiros, pode resultar em serviços de baixa qualidade, além de prejuízos financeiros e até mesmo danos irreparáveis. Embora os desafios na fiscalização persistam, as entidades têm intensificado seus esforços para combater fraudes e garantir a legalidade das atividades.
Além da fiscalização, essas instituições também promovem iniciativas voltadas à sustentabilidade e inclusão, em linha com os pilares do ESG. Entre essas ações, destacam-se treinamentos, premiações de projetos inovadores, debates sobre políticas inclusivas e ambientais, e grupos de discussão que visam melhorar a segurança e a transparência no setor.
Entrevista com Representantes do Creci-ES e CAU-ES
Para ilustrar a atuação dessas entidades, foi realizada uma entrevista com representantes do Creci-ES e do CAU-ES, que destacaram os processos de denúncia e as medidas tomadas para combater a irregularidade no setor.
Aurélio Cápua Dallapicula, presidente do Creci-ES:
- Como denunciar o exercício ilegal da profissão de corretor de imóveis?
- “Para denunciar alguém que esteja exercendo ilegalmente a profissão, o cidadão pode acessar o site do Creci e preencher um formulário detalhado, anexando evidências. A denúncia também pode ser feita presencialmente em uma das delegacias regionais.”
- Quais sanções o Creci aplica aos profissionais fraudulentos?
- “O Creci aplica multas que podem chegar ao valor de 10 anuidades, além de colaborar com a Polícia Civil e o Ministério Público para efetivar as punições.”
- Existe uma cultura de incentivo a denúncias no Creci?
- “Sim, incentivamos a cultura de compliance e a denúncia como ferramentas de transparência e segurança no ambiente de negócios, essenciais para a manutenção de um mercado ético.”
- Como a participação feminina impacta a segurança e ética no setor imobiliário?
- “As mulheres têm desempenhado um papel crucial na promoção de práticas regulamentadas e transparentes, sendo que já são quase 5 mil corretoras inscritas no Creci-ES.”
- Quais serviços o Creci oferece aos profissionais credenciados?
- “Oferecemos cursos de formação, orientação normativa, certificação de regularidade, e eventos para networking e capacitação.”
Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Espírito Santo (CAU/ES):
- Como denunciar o exercício ilegal da profissão de arquiteto?
- As denúncias devem ser feitas por meio do SICCAU, com a possibilidade de serem anônimas, sigilosas ou identificadas. Um tutorial no site do CAU/BR orienta o passo a passo.
- Quais são as sanções aplicadas pelo CAU para profissionais fraudulentos?
- As sanções vão desde multas leves até gravíssimas, podendo resultar na suspensão do registro do profissional. A suspensão impede o exercício da profissão durante o período determinado.
- Quais serviços o CAU oferece aos profissionais?
- O CAU oferece serviços como emissão de Registro de Responsabilidade Técnica, carteira profissional, proteção de direitos autorais, e acesso a sistemas de informações geográficas.
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Informações retiradas de A Gazeta
