A compra de um imóvel é uma das melhores formas de blindar um capital. O mercado imobiliário é sólido e o valor de revenda costuma aumentar com o tempo. Mas nem sempre isso acontece. E muitas vezes é apenas porque os proprietários não entendem os fatores que contribuem para a desvalorização do imóvel.
A propósito, nesse artigo você sabe qual é – e por quê – a capital com a maior valorização de imóveis do país.
Uma boa avaliação é fundamental para chegar a um preço justo, em que todas as partes são beneficiadas. A precificação bem fundamentada reduz o tempo de negociação, atingindo mais facilmente o público-alvo e beneficiando todos os envolvidos.
Porém algumas vezes o apego emocional e a falta de conhecimento impedem que o proprietário tenha uma noção exata do real valor da sua propriedade no mercado.
Nessas situações, é comum o dono não admitir baixar o preço, o que geralmente faz com que o imóvel fique mais tempo parado, sem fechar contrato.
Com isso, aumenta também o período em que o proprietário precisa arcar com as despesas de um imóvel ocioso, como impostos, taxas e gastos com manutenção. E, quanto mais o tempo passa sem fechar contrato, maior o gastos e, consequentemente, menor o lucro com a venda.
Nesse caso, cabe ao corretor explicar todos os fatores que podem causar a desvalorização do imóvel. Conheça 11 deles e prepare-se para situações como essas.
1 – Desvalorização do imóvel pode começar no anúncio
Quando o valor anunciado está acima do valor real de mercado, há menos visitas. Com isso, aumenta o tempo em que fica à disposição, aumentando também os custos da unidade e dificultando cada vez mais a venda. Isso, por si só, já contribui para a desvalorização do imóvel.
Por isso, é importante que o valor seja baseado em uma avaliação especializada, considerando a localização, o tamanho, o estado de conservação, o preço médio da região, imóveis semelhantes, etc.
Assim, um profissional qualificado saberá analisar todos os fatores para chegar a um preço real e justo.
Aliás, aqui você confere as regiões de São Paulo onde o investimento imobiliário rende mais.
2 – Cuidado com modificações nas plantas e reformas
É comum as pessoas desejarem deixar um imóvel com a “sua cara” ao longo do tempo ou assim que o adquirem. Mas nem sempre o que o proprietário considera uma melhoria contribui para aumentar o valor.
Então é preciso saber separar o valor agregado do valor real na hora da precificação. Ou seja, a percepção que o proprietário tem do imóvel do que o imóvel realmente vale.
Afinal, nem sempre o que agrada a um, agrada a outro. Dessa forma, a personalização de um cômodo, por exemplo, pode ser um diferencial de valor para o dono. Mas para o público pode significar um gasto extra com obras.
O mesmo vale para modificações baseadas em modismos. Algumas deixam o imóvel tão datado que pode significar uma pequena fortuna fazer a atualização para atender aos novos hábitos sociais.
Como nem todo mundo quer ter esse gasto extra, cuidado antes de fazer uma reforma e modificar a planta para não causar a desvalorização do imóvel no futuro.
3 – Falta de manutenção também reduz o valor de mercado
Um dos maiores fatores de desvalorização do imóvel é a falta de manutenção. É o tipo de problema que aparece logo de cara na apresentação. Fachadas malcuidadas, pintura e rebocos desgastados ou caindo, pisos, portas e janelas com defeito causam uma péssima impressão.
Os problemas devem ser sanados antes do imóvel ser colocado à venda. E até pequenos danos contam, como pregos e parafusos que precisam ser retirados, furos que devem ser tampados, pintura refeita, portas e janelas restauradas, fachada bem cuidada, etc.
4 – Documentações não podem ficar pendentes
Quando há alguma pendência na documentação, os compradores em potencial ficam inseguros. Então isso também acaba contribuindo para a desvalorização do imóvel.
Muitas pessoas interessadas desistem quando veem que algum documento está faltando ou está defasado. Então faça todas as atualizações antes de colocar a propriedade à venda.
5 – Não tem garagem ou é descoberta
A maioria das famílias tem pelo menos um carro – que também é um investimento que precisa ser bem mantido para não desvalorizar além da conta. Por isso, a não existência de garagem ou ter vagas descobertas também podem causar a desvalorização do imóvel.
Mesmo nos grandes centros e em regiões em que há muitas opções de mobilidade, a garagem coberta ainda é um fator de peso na hora da compra. Inclusive para quem não tem carro ou moto, já que é preciso sempre considerar a possibilidade de um investimento em um veículo no futuro.
6 – Sem área de lazer ou áreas livres
Desde a pandemia a área de lazer se tornou praticamente obrigatória nos empreendimentos. Hoje é um dos maiores diferenciais tanto em casas quanto apartamentos, porque se tornaram os espaços mais saudáveis dos imóveis.
Por isso, unidades sem varandas e/ou sem espaços ao ar livre – piscinas, jardins, quintais, quiosques, etc – também acabam sendo desvalorizadas em comparação às demais.
7 – Falta de segurança: problema sério
A falta de segurança é um fator decisivo para a desvalorização do imóvel. Áreas de risco – seja por fatores naturais, como enchentes ou deslizamentos, ou socioeconômicos, como alto índice de roubos e assaltos – são capazes de desvalorizar mesmo os imóveis mais bonitos, grandes e bem-acabados.
8 – Localização ruim faz o preço cair
O mesmo acontece com um bairro ruim. Mas o que faz uma localidade ser considerada boa? Basicamente, bom acesso ao transporte público, comércio farto e variado, opções de lazer, saúde e educação nas proximidades, ruas arborizadas e áreas verdes, por exemplo. E aqui você confere qual é o bairro com aluguel mais caro do Brasil.
O barulho em excesso também contribui para a desvalorização do imóvel. Unidades muito próximas a corredores expressos, túneis e arcos viários também acabam tendo queda no preço.
Locais calmos e seguros, mas muito ermos e afastados de tudo, com poucas opções de serviços básicos como farmácias, padarias e transporte também desvalorizam o imóvel.
Por falar nisso, veja como a alta dos aluguéis está impulsionando a mudança de bairros clicando aqui.
9 – Vícios ocultos também são problema
Os vícios ocultos são aqueles problemas que ninguém vê – mas estão lá. São problemas nos sistemas hidráulico e elétrico, no telhado, nos alicerces da casa.
Apesar de não serem visíveis nas visitas a princípio, eles podem atrapalhar a vida dos próximos moradores. E, além disso, também podem começar a aparecer caso o imóvel demore a ser vendido.
Então é melhor resolver esses problemas antes de colocar o imóvel à venda, mesmo que seja por um preço mais baixo.
10 – Imóveis poucos funcionais são desvalorizados
Cômodos muito pequenos, com planta disfuncional ou complicada no dia a dia também tendem à desvalorização do imóvel. É o caso de ambientes com muitos degraus, acessos difíceis, cômodos muito pequenos ou planta muito compartimentada.
Desde a pandemia, as plantas mais integradas, espaços amplos, abertos e multifuncionais, espaço para home office e varandas ou grandes janelas conquistaram um lugar especial na preferência dos consumidores.
Da mesma forma, a acessibilidade aos ambientes e às partes comuns do condomínio também contam na hora da formação de preço.
11 – Vizinhança barulhenta assusta compradores
Uma vizinhança barulhenta também é capaz de fazer o preço do imóvel despencar. Por mais bonito, arejado e funcional que seja, a falta de paz na própria casa detona a valorização de uma casa ou apartamento.
Então oriente seu cliente antes de comprar para que ele não sofra com a desvalorização do imóvel no caso de uma possível revenda. Lembre-se que a felicidade do cliente vale mais do que uma comissão a qualquer custo.
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