O setor imobiliário da chinês enfrentou uma retração expressiva em 2024, com o financiamento por meio de emissão de títulos registrando queda de 18,4% em relação ao ano anterior. Ao todo, foram arrecadados 565,31 bilhões de yuans (cerca de US$ 77,1 bilhões), conforme relatório divulgado pela China Index Academy.
Essa retração segue uma tendência de queda observada desde o segundo semestre de 2021. No entanto, setembro de 2024 apresentou um leve crescimento anual no volume mensal de emissões, impulsionado por uma base de comparação mais baixa. Apesar desse sinal positivo, a sustentabilidade dessa recuperação ainda é incerta.
Impacto das políticas de estímulo
O estímulo econômico anunciado em setembro de 2024 trouxe esperanças de recuperação para 2025, fortalecendo a confiança no mercado. Entre os avanços, destacam-se cortes nas taxas de juros e ajustes nas estruturas de financiamento, que reduziram os custos de captação.
No final de 2024, a taxa média de financiamento chegou a 2,95%, marcando uma redução de 0,72 ponto percentual em relação a 2023. Apesar dessas medidas, o setor imobiliário chinês ainda enfrenta desafios consideráveis.
Desempenho das emissões de títulos
Embora as taxas mais baixas representem uma melhoria, o volume total de emissões continuou em queda:
- Títulos de crédito: redução de 18,5% em relação a 2023;
- Títulos internacionais: retração de 69,5%;
- Títulos lastreados em ativos: queda de 13,6%.
Estratégias para superar a Crise
Especialistas recomendam que as incorporadoras diversifiquem suas fontes de financiamento e adotem medidas para ampliar o fluxo de caixa. Entre as estratégias sugeridas estão:
- Alongamento dos prazos de vencimento das dívidas;
- Refinanciamento por meio de novos empréstimos;
- Exploração de canais alternativos de captação de recursos.
Essas ações podem auxiliar o setor a enfrentar as dificuldades impostas pela retração do financiamento e pela instabilidade do mercado, abrindo caminho para uma recuperação mais sólida nos próximos anos.
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Informações retiradas de Exame
